9 tendências para o mercado pet em 2018

O ano de 2017 foi de crise e poder de compra reduzido no Brasil. Mesmo assim, o segmento pet expandiu seus lucros e a expectativa para 2018 é que o faturamento se aproxime dos 20 bilhões de reais.

Revistas especializadas lançaram suas apostas para as promessas que podem ajudar o setor a alavancar seus negócios. Abaixo, acompanhe um compilado dos serviços e áreas com potencial de crescimento:

1. Centros de reabilitação

Seja para aumentar o leque de atendimentos oferecidos no pet shop ou para criar um espaço especializado, serviços como fisioterapias aquáticas ou terrestres, acupuntura e reabilitação motora tendem a conquistar mais adeptos. A mudança de comportamento dos tutores estimula a busca por tratamentos menos agressivos, que preservem o bem-estar e a qualidade de vida dos animais.

2. Pet Care

São os spas, com serviços e produtos cada vez mais amplos para o público pet. As possibilidades são muitas: escovação de dentes, ofurô, hidromassagem, cosméticos específicos para patas e corpo, máscaras de hidratação para tratar a pelagem e shampoos de banho seco para facilitar a rotina de cuidados em casa.

3. Produtos sustentáveis

Alimentação saudável e consciência ambiental não estão em alta apenas no mercado de produtos para uso humano. Oferecer para seus animais opções de rações naturais e materiais que não agridem o meio ambiente agrada a muitos tutores – mesmo que represente um investimento mensal maior em itens básicos para o pet.

4. Comidas gourmet

Já ouviu falar em bares com cervejas e petiscos, padarias, sorveterias e até buffets para festas de aniversário? Pois é, muitos profissionais já investiram em estabelecimentos assim e, conforme as revistas especializadas, há demanda para mais.

5. Pet shop online

Não é uma tendência nova, mas o ritmo de vida da população aumenta a procura por serviços online em diversos setores. Disponibilizar os produtos do seu pet shop para compras pela internet pode favorecer o cliente que não teria tempo para passar na loja física, adquirir os produtos que precisa e ainda conhecer as novidades do mercado. Além de fidelizar quem já frequenta o pet shop, o serviço online pode trazer novos clientes para sua empresa.

6. Táxi dog

É um sistema para transportar os animais até o seu negócio. No horário combinado com o cliente, busque o animal em casa e leve-o para o banho, para a fisioterapia, para a consulta com veterinário, para a creche ou academia. Terminado o serviço, o pet volta para casa com segurança. É um ótimo serviço para ser oferecido junto com outros benefícios, em pacotes que dão comodidade aos tutores que não podem estar com os pets durante a semana.

7. Academia para pets

É um espaço onde os animais podem pular, correr e brincar com segurança e supervisão. Perfeito para os bichinhos que vivem em apartamento e precisam gastar energia ou controlar o peso.

8. Creche

Com uma relação cada vez mais humana entre os tutores e seus bichinhos de estimação, deixá-los muito tempo sozinhos é uma preocupação para muitas pessoas. A proposta é semelhante à da academia, já que nos espaços voltados para o convívio entre os animais eles são estimulados a participar de diversas atividades, sempre com supervisão.

9. Plano de saúde

Os donos investem cada vez mais em seus pets e a tendência é que os planos de saúde se tornem mais comuns. A ideia é montar diferentes pacotes que contemplem diversos serviços e sejam pagos por mensalidades. Podem incluir desde consultas, exames, vacinação, vermifugação, banho e tosa até os tratamentos mais modernos e opcionais, inclusive com a possibilidade de transporte, tudo com pré-agendamento. Os planos de saúde são uma alternativa para fidelizar o cliente e mantê-lo próximo do seu negócio durante longos períodos.

Pesquisa investiga o perfil dos tutores de pets

Com uma população de mais de 52,2 milhões de cães e 22,1 milhões de gatos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma pesquisa buscou entender o perfil dos tutores de pets no Brasil, sua interação com o mercado e com os profissionais da medicina veterinária.

O levantamento foi encomendado ao Ibope Inteligência pelo Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal Waltham, instituto referência no cuidado e nutrição de animais de estimação da Mars, Incorporated.

O estudo revelou que a frequência de visitas à clínica veterinária, incluindo serviços de higiene e cuidados com a saúde, é maior entre os tutores de cães do que entre os tutores de gatos: a média é de 2,8 contra 2,3 idas ao ano.

Em primeiro lugar entre os motivos que levam o tutor a procurar o médico veterinário estão a consulta de rotina e o calendário de vacinação (79% para cães e 76% para gatos), seguido do aparecimento de doenças (26% para cães e 19% para gatos), higiene (17% contra 5%) e emergência (9% e 12%, respectivamente).

Um aspecto importante destacado pela pesquisa é que o médico veterinário foi apontado como a principal fonte de informação para os tutores. Da mesma forma, os donos reconhecem a importância de realizar a vacinação somente com profissional habilitado.

No entanto, na hora de definir a alimentação mais adequada para o pet, apenas 51% dos donos de cães e 52% dos donos de gatos disseram buscar orientação com o médico veterinário.

Os resultados demonstram, ainda, uma compreensão geral entre os tutores de que animais de raça precisam de acompanhamento veterinário mais frequente, enquanto animais adotados apresentam ocorrência menor de doenças e maior de emergências.

Há também um entendimento de que animais sem raça definida ficam menos doentes ao longo do tempo. O mesmo acontece, na visão dos tutores, com os animais que vivem em áreas externas.

Quem são os tutores

Sobre o perfil dos tutores, a pesquisa demonstra diferenças entre os que escolhem conviver com cães e os que optam por gatos.

No caso dos donos de cães, a maioria é do sexo masculino e casado. A idade média é de 41 anos e 93% deles moram com mais de uma pessoa. 82% pertencem às classes A e B, 59% moram em casas e 24% adotaram seus cães – destes, 59% não têm raça definida. 95% dos tutores optam por alimentá-los com ração.

O padrão muda em relação aos donos de gatos: a maioria dos tutores é do sexo feminino, solteira e pertence às classes B e C. A idade média é de 40 anos e 62% moram em apartamentos. 94% escolhem alimentação seca.

 

Envolvimento emocional

Neste aspecto, tutores de cães e gatos apresentam várias semelhanças. 68% acreditam que os cães trazem conforto emocional, assim como 48% dos tutores de felinos acreditam que o animal entende seu humor. 44% dos donos de cães e 45% dos donos de gatos disseram ver como filho seu animal de estimação.

Pessoas que convivem com felinos ressaltaram, também, as características de independência e higiene do animal como um fator importante na escolha por um gato.

Sobre a pesquisa

A investigação foi dividida em duas etapas. A primeira, qualitativa, envolveu 13 grupos de discussão em São Paulo, Recife e Porto Alegre. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres com mais de 25 anos e incluiu donos de cães, donos de gatos e pessoas que declararam a intenção de ter um pet.

A fase quantitativa ouviu 900 entrevistados – 300 donos de cães, 300 donos de gatos e 300 pessoas com intenção de ter. As entrevistas foram realizadas com homens e mulheres com mais de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Salvador e Distrito Federal.

O levantamento dos dados foi realizado em 2015 e os resultados foram divulgados no segundo semestre do ano passado.