Pesquisa investiga se animais conseguem prever terremotos

Publicado em 2020 na revista Ethology, o estudo queria registrar cientificamente a capacidade ou não de animais preverem a ocorrência de terremotos.

Para isso, os pesquisadores observaram a atividade de algumas espécies antes de um fenômeno.

Com sensores de movimento acoplados em cada um dos bichos, foram monitoradas seis vacas, cinco ovelhas e dois cães de uma fazenda localizada em uma área propensa a terremotos no norte da Itália.

No último milênio, cerca de 260 terremotos de magnitude 5,5 ou maior foram registrados no local – uma média de um a cada quatro anos.

Entre outubro de 2016 e abril de 2017, os animais observados vivenciaram mais de 18 mil tremores.

Esse número engloba desde microsismos e pequenas balançadas de 0,4 de magnitude na escala Richter, até terremotos de 4 ou mais (incluindo um devastador, de 6,6 de magnitude).

O artigo levou em consideração os movimentos diários normais e as interações dos animais.

Foram identificadas mudanças de comportamento até 20 horas antes de um terremoto.

Quando todos os animais ficavam mais agitados durante 45 minutos ou mais, os pesquisadores percebiam a chance de tremores acima de 4,0 de magnitude.

Segundo os autores, quanto mais próximos os animais estavam do epicentro do choque, mais cedo mudavam de comportamento.

Ainda não está claro como os animais sentem a iminência de um terremoto e quantas vazes houve comportamentos incomuns sem um evento na sequência.

Não é recomendado usar animais como parâmetro.